Vacilam entre as
Escarpas dentro dum
Selvagem monte as
Garotas de marfim que
Transportam ouro aos grilhões
e tem roupas de seda, e
ilustríssimos pulmões.
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Poucos santos são
os que resistiriam
a olhar as placas de ouro
E imaginar o que há por debaixo
das garotas de marfim
Com que determinação levam
montanha acima
O ouro que não lhes pertence
E quê de vicissitudes do monte
as vence?
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A beleza
é
uma questão de hábito.
A força é
uma questão
de necessidade.
Ao bramir pelo topo,
põem o ouro na balança.
De grande porte carregam suas crianças,
Atendendo a velho pedido
escrito num sopro
em um velho livro:
Vislumbrar é maior que sonhar,
o sonho é uma questão de hábito.
O vislumbre é necessidade.
Vislumbrar é, sem força, sonhar acordado.
Enquanto o sonho é, sem necessidade, acordar.